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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma canção. ♫





Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco – em lugar de voltar logo à sua vida. Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ”Olha que estou tendo muita paciência com você!”Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize. Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire. Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa uma mulher.”-Lya Luft

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lenda - O Amor é cego e a Loucura acompanha-o sempre.


Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.Todos os convidados foram. Após o café, a Loucurapropôs:Vamos brincar ao esconde-esconde? Esconde-esconde? O que é isso? - perguntou a Curiosidade. Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês escondem-se. Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado seráo próximo a contar.Todos aceitaram, menos o Medo e aPreguiça.1,2,3,... - a Loucura começou a contar. A Pressaescondeu-se primeiro, num lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. AInveja acompanhou o Triunfo e escondeu-se perto dele debaixo de uma pedra. A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam-se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver que aLoucura já estava no noventa e nove. CEM! - gritou aLoucura.Vou começar a procurar... A primeira a aparecer foi aCuriosidade, já que não aguentava mais, queria saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvidaem cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, aTristeza, a Timidez... Quando estavam todos reunidos, aCuriosidade perguntou: Onde está o Amor? Ninguém o tinha visto. A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a viu uma roseira, pegou num pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito. Era o Amor, gritava por ter furado o olho com um espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre. O Amor aceitou as desculpas. Hoje, o Amor é cego e aLoucura acompanha-o sempre. (Agora está explicado!)